sábado, 30 de agosto de 2008

Por quê é tão difícil assim?

Hoje em dia vivemos em um mundo onde até o prazer é controlado.
Eu fico impressionada como lindas mulheres deixam seu corpo a mostra em troca de dinheiro. Mais um clichê barato e tal (daqueles de mulher conservadora que não se contentam em ser feia)? Não, eu não sou conservadora, pelo contrário... Só fico pensando que, se eu fosse uma mulher "melancia" ou qualquer outra dessas frutas que andam surgindo por aí, não seria amada, mas vista como um objeto sexual.
Infelizmente as pessoas não se contentam com tudo que têm. Mas acredito, e sou da opinião, de que não há amor se não houver desejo. Nossos homens nos querem com corpos esculturais, mas reclamam se algum mané solta um "coiote" para nós na rua. Eles parecem não saber do esforço diário que passamos para tentar alcançar esse "modelo de beleza", esculpido pelo Photoshop nas Playboys circulantes. Será que os namorados olham para suas respectivas damas pensando na revista da Juliana Paes?

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Há coisas que são escritas pra nós...

E assim acontece com 99,9% do textos do Jabor...
Vejamos esse textos abaixo, depois tecerei meus comentários!
RELACIONAMENTO

Sempre acho que namoro, casamento, romance tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa: - 'Ah,terminei o namoro...' - 'Nossa,quanto tempo?' - 'Cinco anos...Mas não deu certo...acabou' - ?É não deu...? Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores. Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos esta coisa completa. Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel. Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é malhada, mas não é sensível. Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E as vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona... Acho que o beijo é importante...e se o beijo bate...se joga...senão bate...mais um Martini, por favor...e vá dar uma volta. Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não lute, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, recessão de família? O legal é alguém que está com você por você. E vice versa. Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer... A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar. Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar. Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?

Arnaldo Jabor
(Oh textinho que caiu como uma carapuça pra uma penca de gente que eu conheço...)
O que eu mais escuto hoje em dia é "ah! Eu não quero namorar agora não. Tô novo, quero curtir, etc, etc, etc". Adorei o comentário em que Jabor diz que, se não quer se envolver, namore uma planta pois esta é mais previsível. E eu concordo! Se tudo em um relacionamento fosse previsível, não teria graça, você ia encontrar a pessoa e já saberia o que ia acontecer. Eu acredito que quando se ama, você quer ter a todo instante a pessoa por perto, mesmo com essas diferenças que às vezes nos incomodam...
Reflitam sobre isso! E tenham o bom fim de semana!
Luana Polónia

domingo, 24 de agosto de 2008

Aconteceu a DISCUSSÃO. Como PERDOAR?

Aconteceu a DISCUSSÃO. Como PERDOAR?Tudo começou com uma palavra dita na hora errada, ou no lugar errado. A partir delas, fluíram muitas outras, e aconteceu a discussão.Agora, paira o silêncio no recinto vazio, e aqueles que brigaram não estão mais presentes.Mas, como cheiro que trescala depois da retirada do objeto, o rancor paira no ar.Ninguém sequer imagina que poderá voltar a ter o mesmo sentimento anterior. Pedir perdão? Reconhecer-se culpado? Nem pensar.A lógica humana comanda esse tipo de posição, mas ela não combina em nada com aquilo que nos ensinou Jesus.O Mestre diz que, ao lembrar de alguém que tem algo contra nós, devemos procurar essa pessoa e fazer as passes.Pode parecer absurdo pedir perdão a alguém que é responsável por tudo que aconteceu. Mas esta é a única fórmula extraordinária do universo.O mesmo Cristo que foi julgado - sem direito de defesa - torturado, humilhado e levado à cruz, fez tudo isso por mim, por você e por aqueles que o cravaram no madeiro.Mas as suas palavras foram: "Pai, perdoa porque não sabem o que fazem."Que tal passarmos a considerar que os outros nos magoam não por intenção, mas por fragilidade?Assim podemos ser fortes o suficiente para perdoá-los e lhes oferecer amor, e não ódio.


(Pastor Elcio - Recanto das Letras)


Pelo menos as coisas deveriam ser assim, não é mesmo?

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Namorix - por Arnaldo Jabor (o mestre!!!)


Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, levanta os braços, sorri e dispara: 'eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também'. No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração 'tribalista' se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo e reclamam de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição.

A maioria não quer ser de ninguém, mas que quer que alguém seja seu. Beijar na boca é bom? Claro que é! Se manter sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois? Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, onde 'toda açãotem uma reação'. Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo navida. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.Embora já saibam namorar, 'os tribalistas' não namoram. Ficar,também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é 'namorix'. A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo.Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de manter a ilusão de que não está sozinho.

Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu, afinal, não estão namorando.

Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança? A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim como só deseja 'a cereja do bolo tribal', enxerga somente o lado negativo das relações mais sólidas.

Desconhece a delícia de assistir um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado, roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor.

Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer boa noite, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar. Já dizia o poeta que 'amar se aprende amando' e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi passada nas décadas passadas: relação é sinônimo de desilusão. O número avassalador de divórcios nos últimos tempos, só veio aconfirmar essa tese e aqueles que se divorciaram (pais e mães dos adeptos do tribalismo), vendem na maioria das vezes a idéia de que casar é um péssimo negócio e que uma relação sólida é sinônimo de frustrações futuras. Talvez seja por isso que pronunciar a palavra 'namoro' traga tanto medo e rejeição.

No entanto, vivemosem uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram. Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a 'comer sal junto até morrer'. Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam. A questão não é causal, mas quem sabe correlacional. Podemos aprender amar se relacionando. Trocando experiências, afetos, conflitos e sensações.

Não precisamos amar sob osconceitos que nos foram passados. Somos livres para optarmos. E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer.É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.Ser de todo mundo, não ser de ninguém, é o mesmo que não ter ninguém também... É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão.'